O cálcio do leite pode causar cálculos renais?
- Rodrigo Lolli Almeida Salles
- 25 de abr. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 12 de jul. de 2020
Saiba o que aumenta e que diminui a probabilidade de aparecimento e crescimento de cálculos renais.

Os cálculos renais podem ter diferentes composições químicas, mas o tipo mais comum é o de oxalato de cálcio (CaC2O4). Esse sal orgânico se forma com a união do oxalato aos íons cálcio. Geralmente, o oxalato é um vilão maior que o cálcio. Se houver muito oxalato na urina, ele irá se complexar com o cálcio que eliminamos na urina. Esse cálcio na urina não vem diretamente dos alimentos, mas sim como resultado do metabolista do cálcio, o que envolve sua extração dos nossos ossos e eliminação na urina. Já o cálcio alimentar, como o proveniente do leite e derivados, pode se complexar ao oxalato dentro dos nossos intestinos, e assim evitar a absorção do oxalato, visto que o oxalato já complexado ao cálcio tem absorção dificuldada nos intestinos. Esse oxalato de cálcio acaba sendo eliminado nas fezes. Quando se faz uma dieta muito restritiva ao cálcio, o oxalato fica livre para ser absorvido nos intestinos e depois eliminado na urina, onde poderá se complexar ao cálcio e formar cálculos.
Injerir cálcio na dieta em quantidades adequadas pode, na verdade, ter um efeito protetor contra a formação de cálculos renais
Há, no entanto, uma exceção a essa regra. Um pequeno número de pessoas podem portar uma doença chamada hipercalciúria absortiva do tipo II, condição que faz a pessoa absorver quantidades muito excessivas de cálcio nos intestinos, sendo indicada uma dieta restritiva a cálcio. Só o médico poderá ter condições de excluir essa possibilidade.
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